Para refletirmos:

" Se Deus fez as coisas para usarmos e as pessoas para amarmos, porque amamos as coisas e usamos as pessoas?"

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CARNAVAL: QUANTO VALE ESTA FOLIA?

Dizem que o Brasil é o país mais festivo do mundo. Quem duvida? Para os brasileiros, tudo é motivo de festa. Talvez por isto, sejamos também, um dos países menos desenvolvidos se comparados a outros como: Estados Unidos, Alemanha, Japão... Você já parou para pensar o porque desta realidade?
Imaginem quanto custa uma fantasia destas que vemos em desfiles de escolas de samba? Algumas delas, chegam a ultrapassar o valor de R$ 80.000.00 ( oitenta mil reais ). Agora calculem quantas pessoas desfilam e quantas escolas participam deste evento? Imaginemos agora, o custo de um show de uma artista como Ivete Zangalo, ou de uma banda como Chiclete com Banana. O público é fiel! O interessante da história é que o brasileiro reclama das dificuldades financeiras, mas, torna-se cúmplice desta verdade. O dinheiro pode ser pouco para os gastos rotineiros, ou até mesmo para um investimento em recursos destinados à seu crescimento profissional, mas, basta a divulgação de uma festa, que logo teremos um clube cheio, mesmo que o ingresso seja caro.
Isto pode mudar? Dificilmente! Vendo por outro lado, reconhecemos o fato de que o brasileiro é também, vítima de um sistema que o sufoca em meio a tantas tribulações. Falo da classe média e pobre, que busca nestes eventos, uma espécie de fuga do seu mundo real. Um mundo de: violência, dor, perdas, angústias, stresses, corrupção, miséria, ... em um momento de folia, somos todos iguais. Duro é constatar que, infelizmente muitos não sabem dosar suas diversões e por muitas vezes, por elas, pagam um preço muito caro. Basta-nos conferirmos o número de ocorrências nas delegacias ou de acidentes nas estradas.
O que fazermos então? O primeiro passo é conscientiza-los de que estão sempre em busca de algo que nunca os preencherá. Os momentos passam e os problemas voltam a se fazerem presentes. A única certeza que temos é que somente Deus tem forças para mudar isto. Mas como ele fará isto se poucos o buscam? Muitos reservam a Deus a sobra do seu tempo e disposição. Nas praias ou interiores, vimos nestes quatro dias de carnaval, uma massa de foliões buscando alegria em orgias e bebedeiras, e aí pergunto: quantos freqüentaram uma igreja? Quantos encontraram tempo para rezar e agradecer a Deus por suas vidas? Como está hoje, o coração destes foliões? Alguns perderam a vida, outros estragaram seus relacionamentos por aventuras, outros perderam bens, e muitos acumularam contas sobre contas. Do que valeu tudo isto?
O segundo passo certamente seria uma melhor distribuição dos recursos adquiridos para realização deste evento. Imaginem quantos hospitais, escolas, pólos de lazer, ... poderiam ter sido construídos com o dinheiro empregue neste carnaval? Quantas cestas básicas poderiam ter sido distribuídas? Enquanto tantas pessoas pagam caro para desfilarem semi-nuas, quantas outras choram por um agasalho que custa tão pouco? Assim, vemos que de certa forma contribuímos para esta desigualdade social que compõe o cenário do país. Enquanto isto, outros países investem em: educação de qualidade, saúde, segurança, ... fazem de seus patrícios grandes profissionais ( tanto que os brasileiros que buscam um melhor estudo, ingressam em universidades estrangeiras), e com isto, tornam-se um país de primeiro mundo.
Como será então o nosso amanhã? Quanto ainda pagaremos por tanta folia

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