Para refletirmos:

" Se Deus fez as coisas para usarmos e as pessoas para amarmos, porque amamos as coisas e usamos as pessoas?"

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

PAIS E FILHOS: O QUE FALTA ENTRE ELES?

O tema paternidade é algo bastante complexo. Hoje, dificilmente um filho é gerado através de um planejamento familiar. Muitos casais não têm sequer, uma convivência contínua, gerando com isto, um despreparo emocional, social e econômico entre os mesmos.
Antigamente víamos os pais de família enfrentando mil e um obstáculos para que não faltasse nada em seus lares. Tudo era mais difícil: hospital, energia, comunicação, educação, transporte. O avanço da tecnologia não beneficiou as gerações passadas, todavia, acredito que naqueles tempos, a felicidade era mais presente. Havia um calor humano, um contato diário entre pais e filhos onde alguns se reuniam para rezarem em família, outros para contarem histórias, outros para o lazer, outros para a lida... gerando ali, um sentimento mútuo. Muitos pais dedicaram-se aos seus filhos com a esperança de que o futuro fosse diferente. Devemos reconhecer que muita coisa mudou. Mas será que mudou para melhor? Onde estão os princípios? Onde estão os costumes? Como estão as famílias? Infelizmente o que vemos hoje, é quase que o inverso do que víamos antes. Aquele laço de afeto, perde espaço para atos desumanos como: filhos que exploram e muitas vezes agridem seus pais pela dependência de drogas, casais brigando diariamente diante das crianças, mães solteiras pela omissão de pais irresponsáveis, padrastos estuprando suas enteadas, mães que induzem suas filhas à prostituição fazendo delas um meio de vida, pais estressados que descarregam em seus filhos suas frustrações diárias... Esta é a atual realidade social. Onde está o erro? O que falta entre eles? Será o tempo? Criatividade? Diálogo? Acredito que as famílias necessitem de uma profunda reflexão sobre este tema, pois bem sabemos que o amor seria a resposta mais correta, visto que o círculo familiar está cada vez mais defasado. Porém, o estresse cotidiano por muitas vezes nos impede de vivenciarmos este sentimento em nossos lares, tornando-nos seres dependentes dos meios alternativos. Você já parou para observar que o despreparo humano em relação ao mau aproveitamento do avanço tecnológico pode ser um dos motivos que nos levam a isto? Quando não existia o rádio, as pessoas dialogavam mais, quando não existia o carro, as pessoas caminhavam juntas, quando não existia o telefone, as pessoas iam ao encontro uma das outras, quando não existia o computador, as pessoas estudavam mais e os pais orientavam mais seus filhos. Quando não existia a tv, as famílias se reuniam mais. A facilidade que o progresso nos traz, de certa forma nos acomoda e sem perceber deixamos para traz valores que eram tão necessários para uma boa convivência. Não quero com isto, me desfazer do grau de importância estimado à tecnologia, o que quero, é abrir os nossos olhos para não deixarmos que as máquinas ocupem o lugar que é do homem, tornando os mesmos, seres: vazios, frios e materialistas. Precisamos repensar os nossos conceitos familiares, resgatar os nossos valores, vivenciarmos o amor em nossos lares, pois se não tivermos uma estrutura familiar, não teremos meio de combater os descasos sociais. João Paulo II dizia: “ o futuro da humanidade passa através da família ” e Madre Tereza de Caucutá pregava que o ontem já passou, não volta mais. O amanhã não nos pertence, a hora de amarmos é agora, hoje. Ainda há tempo para um recomeço.

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